Começa nesta terça-feira a fase de grupos da Libertadores da América. E
o início da competição traz a reboque a possibilidade de o futebol
brasileiro alcançar um feito inédito nela: emendar quatro títulos.
Campeão com o Inter em 2010, com o Santos em 2011 e com o Corinthians em
2012, o Brasil busca seu primeiro tetra no principal campeonato da
América do Sul. É um reflexo da soberania que o país passou a ter nos
últimos anos no torneio.
O Brasil colocou pelo menos um clube em todas as oito últimas decisões
da Libertadores. São dez finais em 11 anos - a exceção foi 2004, quando o
Once Caldas, da Colômbia, bateu o Boca Juniors, da Argentina.
Aumentando um pouco o leque, a presença verde-amarela em decisões se
torna ainda mais forte: 18 vezes em 21 anos, desde 1992.
A trinca atual não é inédita. Em 1997-98-99, com Cruzeiro, Vasco e
Palmeiras, o país já deu sinais de comando. Só não foi tetra porque o
Verdão perdeu a final de 2000 nos pênaltis para o Boca Juniors. A chance
reaparece agora.
É um feito que a Argentina já alcançou. E duas vezes. Primeiro de 1967 a
1970, com um título do Racing e três do Estudiantes. E depois com a
impressionante sequência de quatro conquistas do Independiente, de 1972 a
1975. O clube de Avellaneda é o maior vencedor da Libertadores. Tem
sete títulos. Com isso, alavanca a superioridade de troféus do país
vizinho. São 22 conquistas, contra 16 do Brasil, oito do Uruguai, três
do Paraguai, duas da Colômbia e uma para Chile e Equador. Peruanos,
mexicanos, venezuelanos e bolivianos jamais venceram o torneio.